:: Deixe que os mistérios existam ::

quarta-feira, novembro 22, 2006

..:: Cresce Coração ::..

Até hoje não entendo o porque quando o assunto é sentimento, coração, desejo, alma, a inquietação que a gente sente é como aquela de quando tínhamos 14 anos - e que saudade dos meus 14. Parece que nosso coração não sai nunca da adolescência, sempre vulnerável, sempre surpreendendo, sempre inventando moda. As impossibilidades e os famosos: “poderia ser assim” ou “poderia ser diferente” são exaustivos. Poderiam, mas não são. Não são. E por que é que são justamente essas impossibilidades que tanto nos atraem. Será que custa muito desejarmos aquilo que está ali, fácil, acessível, disponível? Ah coração... enganoso é o coração do homem.É por isso que tropeçamos, caímos, mas ainda assim conseguimos nos levantar, recuperar o fôlego, ter de volta o equilíbrio e voltamos a caminhar. Às vezes precisamos re-aprender a caminhar. E quando caímos, não adianta lamúrias. E vale o velho ditado: Levanta, sacode a poeira e dá a volta por cima!!! Difícil né? Até ditados populares dos mais batidos são de difícil aplicabilidade. Mas levanta, tenta de novo, segue em frente.Quem não corre riscos não vive interessantemente. Mas para assim viver é preciso fazer uso indiscriminado da razão. Não a perca de vista.
Eu quero ser sempre assim. Palavras diretas, claras e, se necessário for, duramente sinceras, daquelas que fazem doer os ouvidos. Por que é que tem certas coisas que eu preciso dizer pra que se possa perceber. Sempre assim... Tão perto e tão longe, juntos e separados...
Por que tem que ser assim?
Será que o que eu quero é assim tão difícil, é assim tão inatingível? Alguém que não me ache perfeita, mas que ao menos aceite minhas imperfeições. Minha vida não é como um quebra-cabeça onde você manipula as peças da forma como bem entende.
Se a vida é feita de expectativas, temo que meu fôlego desfaleça.

sexta-feira, novembro 17, 2006

..::"O coração tem razões que a própria razão desconhece"::..


Hoje me deu vontade de escrever. E a vontade era tanta que sentia aquela coceira na mão que me obrigava a fazê-lo (tal qual Machado de Assis). Senti-me tentada a escrever sobre muitos assuntos que têm martelado a minha cabeça nos últimos dias, mas me peguei mesmo com vontade de escrever sobre o amor. Esse sentimento tão complicado e que deveria ser o mais simples de todos, pois todo homem quer amar e ser amado e ponto. Não quer? Mentes.
Ah! O Amor!!! Sentimento fulgaz, voraz, perigoso – diria. Perigoso? Tantas vezes o amor tem se transformado em ódio, repulsa, revolta... quantas vezes...
Sentimento difícil de ser explicado, pois não há palavras que o definam melhor do que a original: amor! Sentimento incansável, mas que causa cansaço ao tentar explicá-lo, defini-lo, porém não me canso de questioná-lo.
Um sentimento tão intenso e poderoso, tão elevado, que se torna praticamente impossível explica-lo melhor. Porque que o Amor é algo que se sente, que se pratica. Infinito, imparcial e sem distinções. Não discrimina, não separa, não julga, não prefere, nem escolhe. Não é indiferente, tem compaixão, inspira o perdão, tem a sua própria razão.
Um sentimento tão nítido e ao mesmo tempo quase indecifrável. Eu quero sentir pulsar em meu coração esta linda dádiva que é o amor. Um amor incondicional, que não tem preço, que não escolhe condições para ser ou existir em relação a alguém, mesmo que esse alguém seja eu. Muito há que se falar ainda sobre o Amor. Não quero a ilusão de um amor perfeito, mas quero o sonho e a fantasia de um amor sem mentiras!!! Impossível, talvez. Mas enquanto me for permitido sonhar, assim o farei.

quarta-feira, novembro 08, 2006

Sensibilize-se. Por você mesmo.

Sensibilidade. Capacidade de ter atenção às coisas, a maneira como nos dispomos ao que não nos é inerente, a forma com que lidamos com o desconhecido.
Onde está o erro por querer que se preocupe com você na mesma medida e proporção com que você se preocupa com ela? O que há de errado em desejar que esse alguém te dê atenção, carinho, afeto, na exata medida em que seu ego precisa?
Depois de um dia difícil será que é proibido ter vontade de um colo, de um abraço, e um momento onde palavras não sejam necessárias e que apenas um toque sirva de alento e direção? Ou a minha sensibilidade é aflorada demais ou o mundo está degringolando. Porque no meu entender não há mal nenhum em desejar tudo isso. Homens, mulheres, jovens, velhos, todos têm esse direito. O problema está na falta de coerência. Pois o ser humano tem uma inclinação à não ser coerente com aquilo que sente e demonstra. Por isso os conflitos. Dentro de si mesmos, uns com os outros...
As pessoas buscam independência. Financeira tão somente. Ignorando que pra ser independente de fato é preciso muito mais do que isso. É preciso ter a capacidade de enfrentar os medos, os desejos, de ser consciente do que sente. Acreditar. É preciso acreditar que é possível encontrar alguém que realmente dê valor a tudo aquilo que você doa sem que tenha solicitado a você.
Alguém que reconheça que além de um corpo ou rosto bonito, existem sentimentos, que te fazem chorar, reclamar, pedir, esperar, mas que também são capazes de acolher, cuidar, torcer, desejar e, acima de tudo, trocar. Ainda existem pessoas capazes de parar um minutinho do seu dia, por mais atribulado que seja, para dar um telefonema só para que o outro se sinta importante. Existem pessoas capazes de, mesmo em face ao maior cansaço, lembrem do poder regenerador de um abraço sincero – mas precisa ser s-i-n-c-e-r-o. Ainda existem pessoas assim. Pessoas capazes, acima de tudo, de amar. Existem!! Existem??
Mas enquanto me engano de vez em quando seguirei acreditando em mim mesma. Não quero mais me permitir sonhos vazios, relações doentes, falta de respeito e de amor.
Quero a capacidade de me amar antes de mais nada e depois disso me sentir realmente livre e pronta para ser amada. E talvez, feliz. Porque como já dizia Charles Chaplin: “A vida é uma tragédia quando vista de perto, mas uma comédia quando vista de longe”.

segunda-feira, novembro 06, 2006

..:: equilibrando-se desequilibradamente ::..

Nossos dias são recheados de muitos mistérios, de dúvidas, de incógnitas que possivelmente nunca serão desvendadas. Algumas perguntas não possuem resposta. Outras têm respostas óbvias, claras, evidentes, que não temos como negar. E há ainda aquelas que têm uma resposta definitiva, mas que preferimos não ver, ou então, preferimos imaginar que não sabemos qual é. Essas são as piores, pois a rigor, não queremos encarar a verdade contida nelas... Engana-se quem pensa que um dia saberá todas as respostas, pois em não sabe-las está o grande mistério da vida, é justamente aí que mora o encanto.
Eu só não quero mais sorrisos que escondam o medo da realidade, de mais um dia; sorrisos que tentem esconder que ali no peito há um coração sedento por uma alegria mais palpável. Seria cruel demais ter que continuar em busca de algo que parece distante, que chega ter um sabor de ilusão, que é esmagada pela crueldade com que a realidade se apresenta.
E que os dias venham cinzas, mas que não tragam olhares perdidos, apavorados, atônitos. Não quero lágrimas de desespero, nem de temor pela escuridão. De tristeza talvez. Me permito. Sem deixar que desilusões e decepções escondam a beleza e a vontade da busca pela felicidade.
Mudanças. Que elas não demorem a chegar e que levem com elas conceitos velhos, ultrapassados, dando lugar a uma felicidade exaustiva. Segurança? É bom saber em que chão se pisa, mas às vezes é preciso mais que isso. Arriscar-se...Os dias são sempre iguais, mas quem disse que eu preciso ser como eles? Afinal, nem tudo sai sempre como planejamos. Renúncias...