:: Deixe que os mistérios existam ::

terça-feira, julho 31, 2007

..:: Ver além é essencial ::..

Mundos pequenos demais, universos pequenos demais, realidades pequenas demais. O pior: pessoas pequenas demais. Sempre me achei uma pessoa individualista demais. Mas diante de algumas coisas que tenho presenciado acabei percebendo que esse meu individualismo não é assim tão exacerbado quanto eu pensava.
Apesar dessa minha característica, minha sensibilidade ainda me permite ver algumas coisas com muita clareza. Coisas que outras pessoas ou não enxergam, ou preferem aquela cegueira estratégica. Porque há algumas coisas que é melhor fingir que a gente não vê do que ter que tomar alguma atitude em relação a elas. Há pessoas muito mais envolvidas em seus mundinhos. Extrapolam o “limite do individualismo”. Chega a ser incompreensível.
Como não gosto de nada estagnado, como não me contento com metades, com mediocridades, prefiro ver. Ainda que ver seja admitir que o panorama realmente não é dos melhores. Mas ver, é o primeiro passo de uma longa caminhada para uma nova possibilidade.Ninguém nunca me disse que a vida seria um mar de rosas, mas eu nunca imaginei que os espinhos do caminho machucassem tanto. E nunca fez tanto sentido aquela frase: Não importa o quanto você se importe, algumas pessoas simplesmente não se importam.Tudo isso porque algumas pessoas não sabem diferenciar duas palavrinhas que parecem sinônimas, mas que têm significados bastante distintos. Algumas pessoas apenas desenvolvem o hábito de enxergar. Ao passo que outras possuem uma sensibilidade, uma capacidade de ver. Não entendeu a comparação?
Aurélio explica:
Enxergar: ver a custo, entrever, descortinar, avistar, pressentir, adivinhar.
Ver: conhecer ou perceber pela visão. Enxergar. Assistir, presenciar, encontrar-se com. Reconhecer, compreender. Examinar. Observar, notar. Deduzir. Reparar em. investigar. Visitar. Calcular, avaliar. Perceber, sentir. Enxergar. Mirar-se. Reconhecer-se. Encontrar-se mutuamente.
Eu continuo acreditando que todas as pessoas têm a capacidade de ver, mas algumas preferem ser aqueles cegos denominados “piores”. Aqueles que não querem ver o que salta aos olhos. E por isso há dias que me sinto um pouco assim: incompreendida, triste, indignada, chateada, desmotivada e muito, mas muito cansada.
Para encerrar, uso uma frase dita pelo meu colega de trabalho, Maicon Cury: É melhor ser médio numa terra de gigantes do que gigante numa terra de medianos.

terça-feira, abril 17, 2007

..::..::.. sempre em frente, enfrente ..::..::..

"É sempre prudente olhar em frente, mas é difícil olhar para mais longe do que pode ver-se". (Winston Churchill)
Quem sou eu para acrescentar alguma coisa em algo que Winston Churchill nos legou. Mas humildemente eu diria que, além de ser difícil olhar para mais longe do se pode ver, ainda mais difícil é olhar para mais longe quando o que está perto não nos agrada tanto quanto gostaríamos.
Às vezes as coisas parecem se encaminhar de tal forma que o resultado da luta fica cada vez mais óbvio. E aí me falta aquele elemento surpresa. Será que vale a pena lutar por mais um round ou a luta está de fato encerrada e eu insisto em algo que já tem seu resultado nitidamente estabelecido? Sinceramente, não sei. E haja coragem para se dizer que não se sabe. Um sim ou um não é tão mais fácil de se dizer do que um “não sei”, embora pareça o contrário.
Nessa luta eu NÃO SEI o momento exato para desistir. NÃO SEI se já fui a nocaute. NÃO SEI se haverá “revanche”. Não tenho informações o bastante a respeito de meu adversário para saber qual é o seu verdadeiro ponto fraco e por isso não consigo calcular exatamente o impacto dos meus golpes. Arrisco. Aproveito as situações. Mas aquele golpe certeiro? Parece nunca chegar.
Mas não desisto. Tenho uma certeza, e esta sim, é inabalável, indestrutível, invencível: Deus tem o controle da minha vida. E por esse motivo eu posso ter sonhos, planos e projetos de vida que me fazem não sair do ringue por qualquer golpe. Porque afinal de contas, é sempre prudente olhar em frente!

quinta-feira, março 15, 2007

..::.. Túneis de mim mesma ..::..

Tudo parece escuro demais, sombrio demais, difícil demais. Mas desafios me apetecem, aguçam os meus sentidos. E é isso que faço, mesmo sem perceber, levanto desafios, testo minhas próprias convicções para ver até onde elas resistem. Afinal, nunca tive medo do escuro.
E é assim que me “agarro nesta vida”. Sempre buscando encontrar aquela luz no final de um túnel que parece tão escuro quanto sombrio. E assim me perco, volto, abro um novo caminho. Busco um atalho, mas atalhos não me satisfazem. Quero caminhos completos, trilhas interias...
Procuro uma saída, mas não me parece tão atraente assim a saída e me vejo em um dilema: sair ou não. Se não me é possível sair, busco apenas me sentir mais viva, mais “aprendiz” das coisas desta vida. E então tudo parece ainda mais escuro. O caminho parece oferecer muita insegurança. Mas não hesito. Acredito. Continuo. Esperando sempre que aquele pequenina luz não seja apenas fruto da minha imaginação.
Quem sabe um dia encontro a saída... e espero que nela eu possa sentir aquela suave brisa que vem do mar e encontra meu corpo num ato regenerador, revigorador... que seja essa a sensação a pairar no meu coração que insiste em tempestades e furacões.

quinta-feira, janeiro 18, 2007

..:: Texto chato pra começar 2007 ::..

É chegada a hora. Momento de extravasar emoções, “compartilhar” sentimentos, expor dúvidas, idéias, pensamentos...
Dois mil e sete chegou e com ele nenhuma vontade de escrever. Ou melhor, a vontade até veio, mas a correria ainda não havia permitido tal prática. Mas sempre dizem que quando precisarmos de alguma coisa, devemos pedir às pessoas mais ocupadas, pois são essas que arranjam uma forma de ajudá-lo.
E meu coração hoje me implorou: Escreve! E cá estou eu a dedilhar essas linhas, que até agora não disseram nada, eu sei. =)
O ano começou e tudo parece continuar tão igual. Mas é assim. Os dias mudam de acordo com as nossas mudanças e não com a seqüência de números do calendário. E lembro-me agora de uma musica de Chico Buarque – graaaaande Chico. Sim. Essa mesma. “Todo dia ela faz tudo sempre igual”. Alguma vez você já teve a sensação de que a sua vida era uma eterna repetição? Às vezes me parece que na nossa vida repetimos mais do que desejamos. E aí vem o final do Ano. E você promete a você mesmo que vai comer menos, gastar menos, mandar mais cartões e fazer mais ligações para os parentes distantes...
O dia da virada então é o dia das promessas que, em geral, nunca serão cumpridas - vou emagrecer, vou fazer uma poupança, vou mudar de emprego, vou procurar mais meus amigos, vou dar mais atenção aos meus pais ou irmãos, vou investir mais no meu relacionamento...
O ano acaba, mais um começa e parece que a história se repete. O roteiro continua o mesmo. O texto vem com algumas vírgulas a mais, uns pontos a menos, talvez até com alguns coadjuvantes diferentes e algumas circunstâncias novas. Mas o bom e velho roteiro continua: "Todo dia... faz tudo sempre igual".
E sabe por que? Porque toda mudança requer sacrifícios. E ninguém muda ninguém. Só muda quem quer mudar. E a mudança, meus caros, não é de fora pra dentro. E a conseqüência dessa mudança será refletida no seu exterior. Talvez você precise olhar mais para os outros e menos para o seu umbigo, para aprender a ser grato por tudo o que é e possui. Talvez seja o contrário. Não sei. Mas você sabe!
O que me resta é seguir em frente. Não compre meus conselhos, eles não estão à venda. Mas lembre-se sempre que os defeitos dos outros não devem nos incomodar, mas sim nos ensinar.

quinta-feira, dezembro 14, 2006

..:: cansei ::..

Tô cansada. Cansada de mim, cansada de você, cansada desses dias que não me trazem nada de novo, nada de surpreendente, que levam minhas energias e até minha capacidade de enxergar as coisas com olhos mais positivos. Cansada de procurar algo que pareço não ser capaz de encontrar. Cansada de me tornar melhor a cada dia para satisfazer alguém que não parece capaz de perceber isso.
Cansei. Não sei se quero mais brincar dessa brincadeira estúpida de procurar pela felicidade. A partir de agora será ela quem terá que me encontrar. Cansei dessa história de que você precisa correr atrás daquilo que você quer. Definitivamente se o que você quer não é pra você, nunca o será de fato.
Hoje tô de saco cheio. Hoje nao tô, saí, mudei, esqueci, sumi. Ah, mas aquele vestido novo ficou lindo em mim. E daí? O vestido não mostra nada do que sou por dentro. O vestido não é capaz de perceber o quanto preciso de atenção, carinho, afeto. E as pessoas parecem estar a cada dia mais parecidas com o vestido. Não estão nem aí, não querem nem saber. Buscam rótulos, troféus, alguém elegante para estar ao lado. Só isso. Nesse caso, me desculpe, mas o vestido tem mais utilidade.
Ninguém tem nada ver com isso. Ninguém tem culpa dessas minhas lamúrias, a não ser eu mesma. Eu sei disso. E é isso que me faz ficar ainda mais de saco cheio. Mas eu sou assim. Perco a paciência, mas não perco a razão e nem a esperança. Por isso, continuo a caminhar, mas talvez seja hora de pegar uma estrada diferente ou até mesmo um caminho inexplorado. Pois o que vejo adiante nessa minha trilha não me parece interessante.
Falei. Pronto. Um peso a menos. É só o começo. E que venha 2007 porque 2006 já encheu.


sei lá... tem dias que a gente olha pra si e se pergunta se é mesmo isso aí que a gente achou que ia ser quando a gente crescer e nossa história de repente ficou alguma coisa que alguém inventoua gente não se reconhece ali no oposto de um déjà vu
sei lá tem tanta coisa que a gente não diz e se pergunta se anda feliz com o rumo que a vida tomou, no trabalho e no amor se a gente é dono do próprio nariz ou o espelho é que se transformou a gente não se reconhece ali no oposto de um Dejavú
por isso eu quero mais não dá pra ser depois do que ficou pra trás na hora do já é!

quarta-feira, novembro 22, 2006

..:: Cresce Coração ::..

Até hoje não entendo o porque quando o assunto é sentimento, coração, desejo, alma, a inquietação que a gente sente é como aquela de quando tínhamos 14 anos - e que saudade dos meus 14. Parece que nosso coração não sai nunca da adolescência, sempre vulnerável, sempre surpreendendo, sempre inventando moda. As impossibilidades e os famosos: “poderia ser assim” ou “poderia ser diferente” são exaustivos. Poderiam, mas não são. Não são. E por que é que são justamente essas impossibilidades que tanto nos atraem. Será que custa muito desejarmos aquilo que está ali, fácil, acessível, disponível? Ah coração... enganoso é o coração do homem.É por isso que tropeçamos, caímos, mas ainda assim conseguimos nos levantar, recuperar o fôlego, ter de volta o equilíbrio e voltamos a caminhar. Às vezes precisamos re-aprender a caminhar. E quando caímos, não adianta lamúrias. E vale o velho ditado: Levanta, sacode a poeira e dá a volta por cima!!! Difícil né? Até ditados populares dos mais batidos são de difícil aplicabilidade. Mas levanta, tenta de novo, segue em frente.Quem não corre riscos não vive interessantemente. Mas para assim viver é preciso fazer uso indiscriminado da razão. Não a perca de vista.
Eu quero ser sempre assim. Palavras diretas, claras e, se necessário for, duramente sinceras, daquelas que fazem doer os ouvidos. Por que é que tem certas coisas que eu preciso dizer pra que se possa perceber. Sempre assim... Tão perto e tão longe, juntos e separados...
Por que tem que ser assim?
Será que o que eu quero é assim tão difícil, é assim tão inatingível? Alguém que não me ache perfeita, mas que ao menos aceite minhas imperfeições. Minha vida não é como um quebra-cabeça onde você manipula as peças da forma como bem entende.
Se a vida é feita de expectativas, temo que meu fôlego desfaleça.

sexta-feira, novembro 17, 2006

..::"O coração tem razões que a própria razão desconhece"::..


Hoje me deu vontade de escrever. E a vontade era tanta que sentia aquela coceira na mão que me obrigava a fazê-lo (tal qual Machado de Assis). Senti-me tentada a escrever sobre muitos assuntos que têm martelado a minha cabeça nos últimos dias, mas me peguei mesmo com vontade de escrever sobre o amor. Esse sentimento tão complicado e que deveria ser o mais simples de todos, pois todo homem quer amar e ser amado e ponto. Não quer? Mentes.
Ah! O Amor!!! Sentimento fulgaz, voraz, perigoso – diria. Perigoso? Tantas vezes o amor tem se transformado em ódio, repulsa, revolta... quantas vezes...
Sentimento difícil de ser explicado, pois não há palavras que o definam melhor do que a original: amor! Sentimento incansável, mas que causa cansaço ao tentar explicá-lo, defini-lo, porém não me canso de questioná-lo.
Um sentimento tão intenso e poderoso, tão elevado, que se torna praticamente impossível explica-lo melhor. Porque que o Amor é algo que se sente, que se pratica. Infinito, imparcial e sem distinções. Não discrimina, não separa, não julga, não prefere, nem escolhe. Não é indiferente, tem compaixão, inspira o perdão, tem a sua própria razão.
Um sentimento tão nítido e ao mesmo tempo quase indecifrável. Eu quero sentir pulsar em meu coração esta linda dádiva que é o amor. Um amor incondicional, que não tem preço, que não escolhe condições para ser ou existir em relação a alguém, mesmo que esse alguém seja eu. Muito há que se falar ainda sobre o Amor. Não quero a ilusão de um amor perfeito, mas quero o sonho e a fantasia de um amor sem mentiras!!! Impossível, talvez. Mas enquanto me for permitido sonhar, assim o farei.